Síndrome de Asperger

 

Os indivíduos com Síndrome de Asperger (SA) têm dificuldade em descodificar os sinais que a maior parte dos humanos considera evidentes e lógicos. Isto representa um problema de comunicação e de interacção com os outros. A Síndrome de Asperger é uma forma de autismo, uma condição que afecta o modo como a pessoa comunica e se relaciona com os outros. Entre outras características, podemos destacar as seguintes (Volkmar, 2009):

  • Dificuldade na comunicação: Estas crianças podem falar com fluência, mas parecem não ligar às reacções das pessoas com quem falam. Podem falar sem parar nem mudar de assunto, independentemente do interesse mostrado pelo seu ouvinte, e podem parecer insensíveis aos seus sentimentos. Apesar de poderem dominar a linguagem verbal, têm problemas em entender anedotas, metáforas e entoações. Normalmente falam e lêem com pouca entoação e traduzem as palavras de forma literal. Frases do tipo “o gato comeu-te a língua?” ou “isso para mim é chinês”, podem não ser entendidas e conduzir a algumas confusões. Para ajudar um a criança a perceber o que se diz, devemos tentar manter uma conversação com frases curtas, precisas e concisas
  • Dificuldade no relacionamento social: Ao contrário dos autistas “clássicos”que normalmente estão ausentes e desinteressados do mundo que os rodeia, muitos indivíduos portadores deste síndrome querem ser sociáveis e gostam do contacto humano. Têm no entanto dificuldade em perceber sinais não-verbais, incluindo os sentimentos traduzidos em expressões faciais, o que levanta problemas em criar e manter relações com pessoas que não percebem esta dificuldade.
  • Dificuldade no pensamento abstracto: Podem ser excelentes na memorização de factos e números mas têm normalmente dificuldade ao nível do pensamento abstracto. Isto é causa frequente de problemas na aprendizagem, em ambiente escolar, de matérias como o português ou filosofia. No entanto, podem ser excelentes a matemática ou geografia.

No entanto as pessoas com SA têm problemas de linguagem em menor escala do que as classificadas como autistas, falam mais fluentemente e não têm dificuldades de aprendizagem tão marcadas. Normalmente têm inteligência (Q.I.) média ou mesmo acima da média.

Muitas crianças com SA não são diagnosticadas como tal. São muitas vezes referidas, pela família e professores, como estranhos, excêntricos, originais, diferentes, extravagantes ou esquisitos. Os casos menos pronunciados, diagnosticados ou não, podem entrar no sistema educativo comum e com o apoio adequado e motivação apropriada, em casa e na escola, podem fazer excelentes progressos, ter sucesso, e mesmo continuar os estudos ao nível universitário e arranjar um emprego (Volkmar, 2009).

 

Em baixo, segue-se 2 relatos de pessoas como autismo...

 

 

 

 

 

 

 

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