Dislexia
Etiologia das perturbações na leitura e na escrita
O termo “dislexia” teve origem na literatura anglo-saxónica, sendo utilizado pela primeira vez em França na década de 40. Provém do grego lecsis, significando ação ou maneira de falar, palavra, e não propriamente leitura. Os dicionários definem-na como perturbação do mecanismo da leitura com erros e deformações (Barros e Barros, 1996).
Para Mucchielli e Bourcier (1971,) “a dislexia é a manifestação duma perturbação na relação do eu e do universo, perturbação que invadiu seletivamente os domínios da expressão e comunicação. A relação do eu com o seu universo construiu-se sobre o modo da ambiguidade e da instabilidade, o que bloqueia a passagem à inteligência analítica e por isso ao simbolismo” (Barros e Barros, 1996).
A Federação Mundial de Neurologia diz que se trata de uma “desordem manifestada por uma dificuldade em aprender a ler. Tal desordem é a consequência de certas deficiências cognitivas fundamentais que têm frequentemente uma origem constitucional” (cf. Crithley, 1970).
Existem vários tipos de graus de dislexia, tais como:
- Dislexia primária (dificuldade ou incapacidade de organizar espacialmente os símbolos gráficos);
- Dislexia secundária ou assimbolia (défice em manejar dos símbolos gráficos);
- Dislexia material (dificuldade em identificar as letras e sílabas);
- Dislexia formal (incompreensão do sentido das palavras), (Barros e Barros, 1996).
A dislexia apresenta-se também muitas vezes relacionada ou associada a outras perturbações, como atraso na aquisição da linguagem oral e insuficiente linguística em geral, má orientação espácio temporal e perturbações na lateralidade. Na terapia, há que considerar que cada caso é único e individual, com a ajuda de pais, professores e outros educadores, (Barros e Barros, 1996).
Para saber mais leia:
dyslexia.yale.edu/Scientific_American_1996.pdf
Ver também:
www.dyslexia-reading-well.com/schools-for-dyslexia.html