Campos da Educação

 

Para Marques (1980), como referido no livro Psicologia Educacional: contribuições e desafios, os campos da Educação que têm levado a preocupações educacionais são:

 

            - Educação Formal:

Apesar do educação formal estar impregnada de teorias psicológicas e de múltiplas aplicações de resultados da investigação psicológica, na maior parte das vezes é o professor e não o psicólogo quem faz esta aplicação. No entanto, é comum que o psicólogo preste assessoria na solução de problemas escolares dos alunos ou dos professores na sua relação com os estudantes, quer no próprio recinto da escola quer por encaminhamento para o seu consultório.

Uma influência marcante na psicologia do ensino vem das investigações relativas à Psicologia do Desenvolvimento, procurando organizar o ensino para que a criança cresça e se torne um adulto competente. Também a Psicologia Social associada às investigações sobre a dinâmica de grupo e as relações interpessoais, contribui tanto para o ambiente de sala de aula como para o desenvolvimento curricular. No entanto, é de salientar que embora as divisões do campo da Psicologia sejam necessárias para uma maior especialização, há uma profunda relação entre estas (Marques, 1980).

 

            - Tecnologia Educacional, Desafios e Inovações Educacionais

“Pode ser entendida como o conjunto de recursos de aprendizagem e estratégias de ensino que envolvem a utilização de meios não convencionais e que se caracterizam por prévio planeamento visando oferecer, àquele que busca aprender, sequências e tarefas capazes de auxiliá-lo a atingir objetivos pré-determinados” (in Marques,1980).

São subcampos da Tecnologia Educacional: o ensino com auxílio de computador, da televisão, do rádio e de outros meios audiovisuais. Podendo este ensino ser quanto às estratégias: um ensino modular, autoensino, ensino em equipa, microensino, os pacotes de aprendizagem e os minicursos, entre outras modalidades que estão constantemente a ser elaboradas (Marques, 1980).

 

             - Educação Permanente, a aprendizagem como uma tarefa para todas as fases da vida

A ideia que a aprendizagem apenas seria possível quando a pessoa estivesse na escola e/ou fase de crescimento/amadurecimento até atingir a idade adulta, foi um postulado que acompanhou a história educacional. Hoje em dia, reconhece-se que a aprendizagem é uma forma de constante readaptação que permite ao indivíduo manter o seu nível de bem-estar, pelos múltiplos reajustamentos e trocas que faz com os seus ambientes, de acordo com as circunstâncias do seu desenvolvimento pessoal (Marques, 1980).

Assim, o adulto procura as fontes de aprendizagem que melhor se adequem aos seus interesses e necessidades para que continue a progredir como cidadão e a realizar-se como pessoa, encontrando modalidades de atualização que sejam capazes de contribuir para a realização de objetivos. Tudo isto levou à existência de cursos por correspondência, matrículas em disciplinas avulsas na universidade, cursos por rádio e televisão, reciclagens profissionais, programas de extensão universitária, etc. (Marques, 1980).

O trabalho do psicólogo neste campo passa por exercer o papel de consultor e de assessor, contribuindo tanto para um bom ajustamento do individuo como para como para uma boa organização da formação curricular, para que o cliente possa adequar os conteúdos e tecnologias em aprendizagem às reais necessidades individuais e socais (Marques, 1980).

Um outro aspeto de educação permanente onde o psicólogo intervém, são as aprendizagens constantes de adultos de idade avançada para manter a saúde mental nas suas últimas décadas de vida, quando a pessoa já deu a sua contribuição social, mas ainda deseja e precisa viver em plenitude. Estando aqui inerente a várias adaptações que o individuo tem de fazer após se reformar ou ao orientar a sua vida para uma outra atividade diferente daquela a que se tinha dedicado durante muitos anos (Marques, 1980).

 

            - Educação Não Formal, as oportunidades de Aprendizagem oferecidas fora do contexto escolar

A Educação não-Formal diz respeito a toda a atividade educacional sistemática e organizada que se desenvolve fora do sistema formal de educação e que proporciona aprendizagens específicas de acordo com as necessidades da população-alvo previamente delimitadas. Distingue-se assim da educação informal, dizendo esta última respeito às aprendizagens que a vida oferece e que se caracterizam por ser assistemáticas, não intencionais e que decorrem das oportunidades naturais que a cultura ou o ambiente oferecem, constante e continuadamente, aos indivíduos de qualquer idade (Ingle, 1974).  

 

Saiba mais sobre este tema:

www.cies.iscte.pt/np4/?newsId=453&fileName=CIES_WP147_Anibal.pdf

 

 

 

 

 

 

 

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