Auto-Eficácia
Para Bandura (1986), a auto – eficácia é mais uma percepção ou expectativa acerca das próprias capacidades do que das reais competências: “não se refere às competências que o sujeito possui, mas aos julgamentos acerca do que o indivíduo pode fazer, quaisquer que sejam as competências que possua”. (Bandura, 1977).
Considera – se que a expectativa de eficácia pessoal é a crença de que o sujeito é capaz ou tem competência para realizar determinados comportamentos em ordem a possíveis resultados, enquanto a expectativa de resultados é a crença do que pode acontecer, posto determinado comportamento, mas dependendo de diversas circunstâncias para além do sujeito. Um aluno pode acreditar nas suas competências para tirar uma boa nota, mas isso não garante a priori que de facto tenha uma boa classificação pois podem surgir fatores imprevistos (Barros e Barros, 1996).
Segundo Bandura (1977), o sentido de eficácia pessoal depende de quatro fontes principais:
1 - desempenhos pessoais (sucessos ou fracassos passados);
2 - experiências vicariantes (a eficácia dos outros serve – nos de orientação e exemplo);
3 - persuasão verbal (sugestão);
4 - índices fisiológicos (ritmo cardíaco,etc.) (Barros e Barros, 1996).
Quanto às aplicações pedagógicas deste constructo, há estudos que mostram que um maior sentido de eficácia anda associado a um maior desempenho (Bandura e Shunk, 1981). Todavia, as correlações entre expectativas de auto – eficácia e realização escolar são moderadas, certamente porque interferem outras variáveis moderadoras, como, por exemplo, o locus de controlo (Barros e Barros, 1996).