De acordo com esta teoria a inteligência encontra-se em 3 formas:
- analítica onde envolve a capacidade para julgar, analisar, avaliar, comparar e contrastar ;
- criativa que consiste na habilidade para criar, projectar, inventar, imaginar e originar;
- prática que se foca na capacidade para usar, aplicar, implementar e pôr em prática (Santrock, 2006).
Por exemplo, podemos ter estudantes que tenham altas pontuações no teste de Binet e portanto tenham uma inteligência mais analítica, estudantes que não tenham pontuações tão elevadas mas que tenham uma mente criativa e/ou a capacidade para agir de uma forma prática no mundo. Alguns indivíduos podem ter resultados elevados nas 3 áreas enquanto outros podem ter apenas numa ou em duas áreas (Santrock, 2006).
Sternberg considera que os estudantes com altas pontuações na área analítica tendem a ser mais favorecidos na escola convencional, onde são considerados os mais inteligentes, com melhores notas, na faixa de alto nível e são os mais favorecidos nos testes de inteligência. Por sua vez, estudantes mais capacitados na área da inteligência criativa tendem a não ser os melhores alunos da turma e por isso não seriam alvo de tantas expetativas por parte dos professores. São estes o tipo de alunos que dão respostas únicas e não as típicas conformistas, o que faz com que sejam repreendidos ou marcados pela negativa. Tal como os criativos, também os práticos costumam não ser tão bons nos desafios escolares, no entanto, estes estudantes são ótimos fora da sala de aula tendo excelentes capacidades sociais e senso comum. Como adultos, estes últimos tornam-se bons gerentes, intérpretes e políticos (Santrock, 2006).
Este autor, acreditava que algumas tarefas podiam ser unicamente criativas, praticas ou analíticas enquanto outras, requeriam combinação de capacidades. Desta forma, seria importante que a instrução fosse balanceada perante estas 3 capacidades, para que as crianças tivessem oportunidade de aprender para além do típico ensino convencional, que se baseia no aprender e recordar um corpo de informação (Santrock, 2006).
Aprofundar a leitura com:
repositorio.ul.pt/bitstream/10451/3987/95/ulsd053435_td_cap3.pdf
ver:
www.youtube.com/watch?v=IoZp3x7tn8g