Tipos de Professores (estilos de Liderança e de ensino)

 

Apesar de não podermos falar em tipologias, existem algumas características psicológicas e comportamentais dos diversos professores que nos permitem catalogá-los, numa investigação realizada por White e Lippit (1960) sobre três tipos de liderança ou classes comportamentais leva-nos a falar do professor:

 

                - Como líder autocrático/autoritário:

Atitude do professor: só ele marca os objectivos e métodos de trabalho, aplica reforços (castigo e elogio) a seu belo prazer.

Reação dos alunos: possuem um bom rendimento de trabalho na presença do professor (o melhor dos três), mas há uma quebra na ausência deste; têm comportamentos dominadores e agressivos (procura de bode expiatório); submissão ou rebeldia; desconfiança mútua; incapacidade de cooperar; isolamento; inimizade; tendência a impor-se e tentativa de conquistar o apreço do professor (Barros e Barros, 1996).

 

                - Como líder democrático:

Atitude do professor: compromisso com os alunos na marcação de objectivos e dos métodos de trabalho; reforços atentos aos alunos perante factos.

Reação dos alunos: bom rendimento escolar, continuação do trabalho na ausência do professor (interesse pelo estudo em si e não por medo do professor); trabalho em comum; satisfação interpessoal (amizade, altruísmo, elogios mútuos); maior criatividade; espontaneidade e tolerância às frustrações (Barros e Barros, 1996).

 

                -Líder “deixa-correr” (não-intervencionista):

Atitude do professor: não marca objectivos nem métodos; ausência de reforços.

Reação dos alunos: baixo rendimento escolar; abandono total do trabalho na ausência do professor; perturbação do trabalho e desordem; inimizades e invejas (Barros e Barros, 1996).

 

Algumas das conclusões deste estudo:

- O tipo democrático é o que obtém melhores resultados a longo e a curto prazo, a nível de inteligência e de personalidade;

- O autoritário rende intelectualmente (na presença do professor é o que funciona melhor), mas perturba emocionalmente;

- O pior em todos os sentidos é o deixa-correr;

- Os alunos apreciam mais o democrático;

- Os alunos tendem a imitar o seu líder, conforme o tipo que seja;

- A reação dos alunos parece depender do papel do líder e não da pessoa (o mesmo professor, desempenhando papeis diferentes, obtinha resultados diferentes);

- Trata-se de um estudo com crianças com 10 anos (será que podemos inferir automaticamente que estes resultados podem ser aplicados a outras idades?), (nome,a nome).

Anderson et al. (1949) também tinham realizado estudos com 2 tipos de professores: o dominador (próximo do autoritário) e o integrador (que se aproxima do democrático). Concluem assim, que o tipo de professor ideal não seria o de totalmente integrador, mas sim um comportamento integrador que se manifestasse duas vezes mais do que o tipo dominador. Estes autores acreditam que um professor que fosse totalmente integrador aproximar-se-ia do tipo “deixa-correr” (Barros e Barros, 1996).

 

Já Flanders (1967), fala de estilos de ensino referindo-se à interação professor-aluno, distinguindo entre:

                -estilo indireto: o professor aceita os sentimentos dos alunos, elogia e estimula a sua atividade, aceita as suas ideias e faz pergunta. Este autor, acredita que este estilo favorece a independência do aluno.

                - estilo direto : o professor dá ordens e expressa a sua autoridade, estando mais próximo de um estilo autoritário, para Flanders, fomenta a dependência em relação ao professor (Barros e Barros, 1996).

 

 

 

 

 

 

 

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